Dizer que o mercado imobiliário é cíclico não é nenhuma novidade.
Aqueles que vivem desse mercado já estão acostumados aos ciclos imobiliários, que são as flutuações periódicas nos preços e na atividade do mercado imobiliário ao longo do tempo. Esses ciclos são influenciados por uma combinação de fatores econômicos, demográficos, políticos e financeiros.
Quais as fases dos ciclos imobiliários?
De modo geral, podemos dizer que são 4 fases:
Expansão: Durante essa fase, há um aumento na demanda por imóveis, impulsionado por fatores como crescimento econômico, baixas taxas de juros, facilidade de acesso ao crédito e aumento da confiança dos consumidores.
Auge: Nesta fase, os preços dos imóveis atingem seu ponto mais alto. A demanda começa a se estabilizar e os sinais de superaquecimento do mercado podem surgir, como especulação excessiva e aumento do endividamento. A atividade de construção pode estar em seu auge, com muitos projetos em andamento.
Contração: Nessa fase, a demanda por imóveis começa a diminuir. Os preços estabilizam ou começam a cair. Pode haver um excesso de oferta de imóveis no mercado, e a atividade de construção desacelera. A confiança dos consumidores diminui, as taxas de juros podem subir e o acesso ao crédito pode se tornar mais restrito.
Fundo: Durante essa fase, os preços dos imóveis atingem o ponto mais baixo do ciclo. É o melhor momento para os investidores imobiliários. A atividade de construção é baixa, enquanto a oferta de imóveis é alta.
A partir da parte mais baixa do ciclo começa a retomada.
Como identificar em que parte do ciclo o mercado está?
Existem vários indicadores que podem indicar o momento em que o mercado imobiliário está.
Se for um período de baixa, vamos observar:
- Queda nos preços dos imóveis: Se os preços estão em declínio por um período sustentado, pode indicar uma diminuição na demanda e um aumento na oferta de imóveis.
- Aumento na oferta de imóveis: Um mercado imobiliário em baixa geralmente é caracterizado por um aumento na oferta de imóveis disponíveis no mercado.
- Aumento no tempo de venda: Os imóveis estão demorando mais tempo para serem vendidos;
- Queda na atividade de construção: Menos projetos de construção em andamento podem indicar uma diminuição na demanda por imóveis.
- Aumento nas taxas de vacância: Se a taxa de vacância, ou seja, a quantidade de imóveis desocupados, está aumentando, isso pode indicar um mercado imobiliário em baixa.
- Restrições de crédito: Se as instituições financeiras estão aplicando critérios mais rigorosos para conceder empréstimos hipotecários ou se as taxas de juros estão aumentando, isso pode reduzir a demanda por imóveis e impactar negativamente o mercado imobiliário.
Nos períodos de aquecimento do mercado imobiliário vamos observar:
- Aumento nos preços dos imóveis: Um aumento consistente nos preços dos imóveis ao longo do tempo é um indicador de um mercado imobiliário em alta. Se os preços estão em ascensão, isso pode refletir uma demanda maior do que a oferta de imóveis disponíveis.
- Escassez de imóveis disponíveis: Se há uma escassez de imóveis disponíveis no mercado em relação à demanda, isso pode indicar um mercado em alta. Uma oferta limitada de imóveis pode levar a uma competição entre compradores e aumentar os preços.
- Baixa taxa de vacância: Isso pode indicar uma alta demanda por imóveis e uma oferta limitada.
- Aumento na atividade de construção: A construção de novas unidades habitacionais indica uma confiança dos desenvolvedores na demanda e na valorização do mercado.
- Rápido tempo de venda: Um tempo de venda curto pode indicar uma demanda robusta e compradores dispostos a tomar decisões rápidas.
- Baixas taxas de juros e acesso ao crédito facilitado: Se as taxas de juros estão baixas e as instituições financeiras estão oferecendo condições favoráveis de crédito, isso pode estimular a demanda por imóveis e impulsionar o mercado imobiliário.
É importante lembrar que esses são apenas indicadores e que cada mercado imobiliário é único e por essa razão a análise deve ser bem específica. Fatores econômicos, sociais, demográficos e políticos podem influenciar a dinâmica do mercado nas diferentes regiões.
A identificação da fase do ciclo é um conhecimento que vai demonstrar o melhor momento para a compra, venda ou manutenção dos imóveis.
A melhor opção é consultar especialistas locais e acompanhar os dados e tendências do mercado imobiliário.
Até o próximo artigo!
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