A Caixa Econômica Federal anunciou uma importante mudança que promete aquecer o mercado imobiliário nos próximos meses. A instituição voltou a financiar até 80% do valor dos imóveis no Sistema de Amortização Constante (SAC), retomando o limite anterior à restrição imposta em novembro de 2024, quando a cota máxima havia sido reduzida para 70%.
A medida foi oficializada pelo presidente da Caixa, Carlos Vieira, durante o lançamento do novo modelo de crédito imobiliário do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), em São Paulo.
O que muda na prática
Com a nova regra, o comprador que antes precisava dar uma entrada de 30% e financiar setenta por cento, agora pode financiar até 80% do valor do imóvel, com entrada de 20%. Isso significa maior poder de compra para famílias de classe média e mais liquidez para o setor imobiliário.
A retomada da cota de 80% foi possível graças a mudanças nas regras de utilização dos recursos do FGTS e da poupança. Essas alterações devem destravar o crédito habitacional e estimular toda a cadeia da construção civil.
Aumento do teto do SFH
Outro ponto de destaque do pacote é o reajuste do teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) — aquele que permite o uso do FGTS na compra do imóvel. O valor máximo, que estava congelado em R$ 1,5 milhão desde 2018, sobe agora para R$ 2,25 milhões.
Essa atualização é especialmente relevante para quem busca imóveis de médio e alto padrão, principalmente em grandes centros urbanos, onde os valores superam facilmente o limite anterior.
O impacto no mercado
Com cerca de 70% dos financiamentos habitacionais do país, a Caixa será a principal operadora do novo modelo de crédito, que entra agora em fase de testes até o fim de 2026. Se os resultados forem positivos, o funcionamento pleno do programa está previsto para 2027.
Na prática, as novas medidas devem:
- Aumentar o acesso da classe média à casa própria;
- Reduzir o valor das entradas;
- Estimular lançamentos imobiliários;
- E fortalecer a confiança de construtoras e investidores.
Assim, o retorno do financiamento de até 80% e o aumento do teto do SFH representam um novo fôlego para o mercado imobiliário brasileiro.
Com mais crédito disponível e condições mais flexíveis, o momento é favorável para quem pensa em comprar, construir ou investir em imóveis.
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