Caros leitores, hoje iniciamos uma série de textos sobre as gerações e suas moradias.
Vamos contextualizar o ambiente em que essas gerações se desenvolveram e as implicações desses fatores na escolha da moradia.
Iniciaremos essa série pelo “Baby Boomers”, geraçãoquecompreende os nascidos entre 1945 a 1964, após a Segunda Guerra Mundial.
Esse nome dá-se em função de terem nascido no período “baby boom”, época em que a taxa de natalidade disparou em vários países, ocasionada pelo retorno dos combatentes de guerra, como forma de ação compensatória pelas vidas perdidas em combate e pela preservação da espécie.
Essa geração cresceu num cenário de grandes mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais. Adeptos da era “paz e amor”, tinham aversão aos conflitos armados, estavam cansados das guerras. Preferiam as artes, a música e todas as outras formas de cultura como instrumento para a evolução humana. Prezavam o trabalho, estabilidade financeira, valorizavam a ascensão profissional. Acreditavam na educação familiar mais rígida, conservadora e autoritária. Adeptos ao casamento, compra de carro, casa própria e do tempo de lazer. Foi a primeira geração a crescer com a televisão, era a tecnologia da época.
Em 1940 o Brasil alcançou o primeiro grande período de crescimento e desenvolvimento para a construção civil. Foi um ano de crescimento e fortalecimento dos centros urbanos. O fato de estar no bloco dos aliados na Segunda Guerra Mundial foi um grande impulsionador, trazendo tecnologias norte-americanas para o país.
Outra mudança de cenário ocorreu com o governo de Juscelino Kubitschek, entre 1950 e 1961. O Plano de metas do presidente, chamado popularmente de “50 anos em 5”, tinha como foco o aumento dos investimentos em diversos setores, especificamente na indústria e na construção civil.
Em 2020 o número de pessoas acima de 60 anos é superior que o de crianças até 5 anos pela primeira vez na história. Segundo a Organização das Nações Unidas – ONU, o percentual de pessoas de 60 anos ou mais na população global vai saltar de 16,5% em 2030 para 21,5% em 2050, segundo o blog High Designi.
Ainda de acordo com a mesma fonte, o envelhecimento é o segundo maior fator de influência na indústria da construção civil. Com maior longevidade e baixas taxas de natalidade, as necessidades e padrão de vida desta geração estão mudando rapidamente. Por conta da saída dos filhos, muitos optam por se mudar para espaços menores, uma vez que para eles não justifica mais permanecer em uma estrutura grande, e procuram casas e apartamentos menores, adaptados às suas necessidades.
É importante pontuar que na atualidade ainda nos deparamos com os Boomers que preservam sua moradia original. Seja como uma forma de conservar a memória afetiva, ou mesmo para receber seus filhos e netos em datas festivas e férias, que era o comportamento habitual desta geração, algumas pessoas ainda resistem e mantém suas estruturas originais de moradia.
Nos próximos posts vamos falar sobre os filhos dos Baby Boomers, “geração X”, depois nos netos, “geração Y (Millennials)” e “geração Z”.
i https://blog.highdesignexpo.com/cen-rios/como-s-o-casas-de-cada-gera-o
Comentários:
Gratificante participar na elaboração do texto, nasci quase no final da geração Baby Boomer, é como reviver parte da história.