Depois de um período de estagnação, em 2019 o mercado imobiliário começou a se movimentar. As previsões para o setor são otimistas: oferta de recursos para as construtoras e a baixa histórica da taxa Selic, que impacta diretamente nos financiamentos imobiliários, tem alavancado o setor de forma contundente.
Diante desse cenário otimista, podemos nos perguntar, para onde vai o mercado? Que imóveis as pessoas estão procurando?
Trazemos aqui 5 tendências que devem impactar diretamente sobre o mercado de imóveis. São elas:
1. Uso da tecnologia
É cada vez mais significativo o implemento do uso da tecnologia na construção e na concepção dos imóveis. E, em se tratando desse tema, podemos afirmar que as empresas e os profissionais que não estiverem conectados, serão esquecidos pelo mercado.
A utilização de tecnologia é fundamental desde a concepção até a utilização do imóvel!
Na prática, estamos falando sobre:
a) a utilização da metodologia BIM, que gera diminuição do tempo de obra, economia de até 30% nos gastos e drástica redução de resíduos de construção (Assista: https://www.youtube.com/watch?v=EMjiSvCfpeA) ;
b) que o emprego de itens que gerem conforto e segurança terá papel preponderante na escolha de quem vai morar; e
c) que equipamentos operados pela internet, inteligência artificial e equipamentos com comando de voz são itens que atraem os consumidores de todas as faixas etárias.
2. Aumento da População com idade superior a 60 anos
Que a população mundial está envelhecendo todos sabem. Mas com relação aos imóveis, o que as construtoras e incorporadoras estão oferecendo para esse público específico?
A ONU apresentou relatório em 2017[1] em que prevê que na América Latina e Caribe, até 2050, teremos mais de 198 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Essas pessoas fazem parte de um mercado que está sendo chamado de “economia prateada”, e é um público tem suas demandas próprias e também quer acesso à tecnologia.
O SPC Brasil realizou estudo intitulado “Estilo de Vida e Consumo na Terceira Idade”, que apontou, em relação ao acesso à tecnologia, que 68% dos idoso acessam a internet, pelos mais variados motivos: se informar, se conectar com familiares e amigos, fazer transações bancárias.
É um público que não pode ser ignorado.
3. Diminuição dos espaços privativos e aumento dos espaços compartilhados
Essa ideia de compartilhamento é atual. Já hoje as construtoras e incorporadoras estão oferecendo imóveis com essas características. Já é possível encontrar condomínios com lavanderias compartilhadas, espaços de coworking etc.
A tendência para o futuro é a especialização e o aumento de comodidades que os condomínios vão oferecer. Os empreendimentos deverão propiciar experiências de vida aos condôminos.
4. Sustentabilidade
Já falamos sobre isso aqui na página: https://tudoimoveis.com/2019/10/23/construcoes-urbanas-e-sustentabilidade/
Os imóveis tendem a ser cada vez menos poluidores. Da obra ao imóvel pronto, o mercado está em busca da tripla característica conforto-sustentabilidade-preço.
5.Transparência
Na comercialização já não cabem mais as “pegadinhas” das letras miúdas dos contratos, os segredos industriais…os consumidores buscam cada vez mais a transparência e confiança na realização de todos os negócios, e isso inclui os imobiliários.
Empresas e corretores devem se preparar para responder a todos os questionamentos de forma clara e segura. A informação está em todos os lugares, disponível a um clique de celular. O que vai fidelizar o cliente é facilidade de encontrar um profissional preparado.
Essas mudanças já estão em andamento. Os empreendedores que não seguirem esse fluxo terão muitas dificuldades para crescer no mercado competitivo dos negócios imobiliários.
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[1] Disponível em: https://www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/ageing/WPA2017_Highlights.pdf. Acesso em 21/nov/2019.
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